Quando nos apaixonamos, tendemos a acreditar inicialmente que encontramos a pessoa ideal, possuidora de todos os atributos capazes de despertar em nós admiração, amor e desejo, satisfazendo totalmente as nossas aspirações amorosas. E se a paixão acabar? O que não sabemos é que nessa fase, alguns atributos que julgamos serem da outra pessoa são na verdade, conteúdos inconscientes da nossa própria psique que projetamos na pessoa amada. Em outras palavras, não vemos a outra pessoa como ela é, mas como desejamos que ela seja.
À medida que o tempo vai passando, cada parceiro começa a ver o outro mais realisticamente, identificando nele elementos que passaram despercebidos. Aí será o ponto crucial de um término ou não de um relacionamento. Pois se ambos tiverem maturidade psicológica, autoconhecimento e souberem lidar com os conflitos e as diferenças este relacionamento além de perdurar irá se fortalecer.
Por este processo ser difícil, alguns casais não consegue lidar com estes conflitos e necessitam de ajuda de um psicólogo. A terapia é indicada quando o nível de tensão atinge o casal ou um dos cônjuges, quando a comunicação fica comprometida ou inviável e quando o relacionamento começa a dar sinais de saturação. Isso ocorre porque a vivência a dois envolve autoconhecimento, compartilhamento, troca afetiva, um olhar generoso. Relacionar-se implica em aprender a lidar com o diferente permitindo que ele siga sendo diferente.